Panorama Geral
O Departamento de Assistência à Saúde iniciou estudos em 2018 tendo em vista sua sustentabilidade ao longo dos anos, face ao enfrentamento de uma nova realidade mundial que conta com o envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida. Enfim, o objetivo foi a análise de um sistema de saúde para os obreiros autossuficiente, bem como a gestão dos recursos angariados para este fim.
Após estudos iniciados em 2018, foram levantados os riscos e fragilidades do atual sistema, percebendo-se uma situação iminente de insolvência para a denominação, com despesas ultrapassando a receita destinada para este fim em curto prazo.
Em qualquer parte do mundo, inclusive em países desenvolvidos, saúde e previdência tendem a se tornar deficitários em decorrência de vários fatores. Entre eles, o aumento da expectativa de vida, a complexidade dos exames diagnósticos, tratamentos especializados e outros procedimentos.
Por outro lado, operadoras de saúde têm tido dificuldades na administração deste fundo por conta de novas obrigatoriedades impostas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e inserção de novas tecnologias para os seus usuários, aumentando custos antes não previstos. Outro fator é o aumento da sinistralidade, ou seja, desequilíbrio na relação entre despesas com serviços médicos e receitas recebidas pelo plano de saúde.
Reconhecemos que o Departamento de Assistência, liderado pelo pastor Ignácio Moriguchi, cumpriu por décadas a sua função, cobrindo de forma eficiente todas as despesas e atendendo todas as necessidades apresentadas pelos colaboradores da denominação. Porém, novos tempos requerem novas regras para que se possa manter a sustentabilidade a curto, médio e longo prazo.
Medidas
Há dois anos, membros da DC em conjunto com profissionais da área de saúde apresentaram o cenário atual aos obreiros, observando a relação entre aumento de idade e necessidades de maior utilização dos recursos do Fundo de Assistência à Saúde. Nele, previu-se um risco de insolvência em curto prazo, no caso de um evento crítico com sinistralidade importante. Um exemplo seria o internamento de paciente grave em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por 3 semanas ou mais.
Nos últimos anos, tem se verificado que o valor utilizado do Fundo tem sido maior que os recursos arrecadados, acarretando em redução progressiva do mesmo.
Diante de tal situação, optou-se por contratar um plano de saúde com coparticipação, incluindo plano odontológico, de forma a haver uma cobertura total de todos os obreiros, retirando desta forma o risco de insolvência imediata em caso de uma sinistralidade por evento crítico.
Outra medida do departamento é a realização de um programa de saúde preventiva, iniciado em 2019 no Bokushikai, com o levantamento de dados sobre a atual situação de saúde dos pastores, obreiros, cooperadores e missionários da denominação, de forma a se estabelecer um Programa de Medicina Preventiva.
Conselho
Compõem o Conselho Médico Consultivo da denominação: Cleber Fujibayashi (IEH Liberdade), Marcelo Eidi Ochinai (IEH Bosque), Kengi Itinose (IEH Curitiba), Lucas Dan Yuasa (IEH Curitiba), Moacyr Takeda (IEH Santo André) e Samuel Wataru Aoshima (IEH Maringá).
Por Kengi Itinose